sábado, 24 de setembro de 2011

XXVI Domingo Tempo Comum - 25 de setembro de 2011

Primeira Leitura (Ez 18, 25-28)
Profecia de EzequielAssim diz o Senhor: “Vós andais dizendo: A conduta do Senhor não é correta. Ouvi, vós da casa de Israel: É a minha conduta que não é correta, ou antes é a vossa conduta que não é correta?Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou  e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”.Palavra do Senhor.
 Salmo Responsorial (Sl 24)

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão!
1. Fazei-me conhecer a vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza! Porque sois o Deus da minha salvação, em vós espero, ó Senhor, todos os dias.
2. Recordai, Senhor, meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão, que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade, sem limites, ó Senhor!
3. O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.

Segunda Leitura(Fl 2, 1-11)

Carta de São Paulo aos Filipenses.
Irmãos: Se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade.
Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro.
Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome.
Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor ” para a glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.

Evangelho (Mt 21, 28-32)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?”Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.
Palavra da Salvação.
REFLEXÃO

O tema central da liturgia de hoje é a justiça do Reino. A primeira leitura está no contexto do Exílio da Babilônia.
O povo acusa Deus de injusto e de agir incor-retamente. Entre o povo havia a ideia de que o pecado marcava para sempre a vida e a descendência de quem pecava.
O profeta, como portavoz de Deus, mostra que a salvação de uma pessoa não depende de seus antepassados e parentes.
Deus nos julga conforme o que somos hoje. Nunca é tarde para nos arrependermos, porque Deus quer a vida para todos.
Ezequiel nos fala em praticar o direito e a justiça, nos convertermos constantemente. Julgar que somos “justos” é uma cegueira pessoal que faz semear dúvidas sobre a conduta e as crenças de quem é diferente de nós. Filipos, comunidade dividida por causa do espírito de competição e egoísmo, foi a primeira cidade da Europa a receber a men-sagem cristã, entre os anos 55-57.
Por isso, Paulo apresenta Jesus como modelo de filho fiel e obediente que se torna servo e convida os que se dizem seguidores dele a terem “o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus”.
Para fazermos a vontade do Pai, a Carta aos Filipenses nos mostra o caminho assumido por Jesus: “Esvaziou-se a si mesmo assu-mindo a condição de servo”.
O fato de sermos cristãos, de exercermos um ministério na Igreja, não deve ser motivo de elogios, de prepotência, de nos sentirmos mais e melhores que outras pessoas.
É motivo sim de solidariedade, de espírito de comunhão e serviço; de um permanente pro-cesso de encarnação no mundo dos excluídos.
Nesta carta, Paulo nos lembra que o esvaziar-se de qualquer orgulho é o caminho de quem deseja seguir Jesus até as últimas consequên-cias. O Evangelho de hoje conta a parábola do filho que diz “não”, mas se arrepende e vai trabalhar na vinha do Pai; e do outro filho que diz “sim, senhor” ao pai, mas não vai.
Jesus pergunta quem fez a vontade do Pai.
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo di-zem que é o filho que disse “não”, mas cum-priu a vontade do Pai. Jesus completa dizen-do que os cobradores de impostos e as pros-titutas vão preceder no Reino de Deus os che-fes que não acreditaram na pregação de João Batista e no caminho de justiça que ele ensi-nou. Fazendo o que Deus espera, quem é pe-cador torna-se justo; não fazendo, quem se considera justo torna-se pecador.
Hoje ouvimos uma das frases mais duras de Jesus: “Os cobradores de impostos e as pros-titutas vos precedem no Reino de Deus”. A lei que Jesus exige é colocar em prática a vontade do Pai que ama toda pessoa e, em especial, os mais necessitados e desprezados.
Jesus nos ensina a reconhecer a justiça das pessoas que não têm boa fama, mas praticam a justiça. Ensina-nos a denunciar, para o bem delas e de todos que sofrem sua influência, as que têm boa fama, os considerados santos, mas não praticam a justiça, conforme o pro-jeto do Pai. Jesus é o filho que diz “sim” e faz o que o Pai decidiu. Todas as pessoas que acolhem e seguem concretamente Jesus cum-prem a vontade do Pai.
Será que temos ficado apenas nas palavras? O nosso sim ao projeto de Deus é capaz de reverter as situações mais difíceis? 

Leituras da semana
2ª feira: Zc 8, 1-8; Sl 101; Lc 9, 46-50
3ª feira: Zc 8, 20-23; Sl 86; Lc 9, 51-56 
4ª feira: Ne 2, 1-8; Sl 136; Lc 9, 57-62
5ª feira: Dn 7, 9-10.13-14; Jo 1, 47-51
6ª feira: Br 1, 15-22; Sl 78; Lc 10, 13-16
Sábado Br 4, 5-12.27-29; Sl 68; Lc 10, 17-24

Nenhum comentário:

Postar um comentário